Nova crítica a Relíquias da Morte 1 dá nota 10 ao filme

 Uma nova crítica, feita pelo PortalAlone, que está vinculado ao Terra,  deu nota dez a primeira parte de Harry Potter e as Relíquias da Morte, que estreou na madrugada de sexta,19, e que até o momento arrecadou em todo mundo mais de 330 milhões de dólares. 
A decisão de dividir o filme em duas partes, ao contrário do que a maioria dos críticos têm dito, foi  (ao meu ver) concebida como uma homenagem aos fãs que acompanharam Harry durante dez longos anos. Kloves fez questão de inserir na narrativa os fatos principais de cada capítulo, fazendo uma ou outra mudança necessária – a perspectiva de outros personagens além da de Harry, por exemplo, são extremamente necessárias para o filme funcionar como um todo, além de algumas explicações não tão necessárias, mas bem pontuadas.
  A nova crítica destaca o trabalho dos atores, principalmente a atuação de Emma Watson e Rupert Grint, além de elogiar e destacar os pontos positivos do roteiro feito por Steve Kloves, dentre vários outros assuntos. Para ler a crítica completa, basta clicar no link abaixo.

Crítica ao filme Harry Potter e as Relíquias da Morte: parte 1
PortalAlone

 Assistir a Harry Potter e as Relíquias da Morte p. 1 na estreia logo após ter terminado (mesmo) de ler o livro em questão talvez tenha sido uma das coisas mais acertadas que já fiz. Para um fã dos filmes do bruxinho, as duas últimas partes da saga são realmente um marco do cinema e também de muitas vidas que praticamente cresceram junto com Harry. Aos não familiarizados com a história de J. K. Rowling talvez tenha ficado impossível acompanhar Harry, Rony e Hermione em busca das Horcruxes – objetos que contém os pedaços da alma de Lord Voldemort.

 Apesar de já ter anunciado seu objetivo no sexto filme, o roteirista Steve Kloves fez uma adaptação ambiciosa do último livro da série. Lord Voldemort está mais forte do que nunca, e agora que Harry fez 17 anos a proteção de sua mãe perdeu a validade: ele se encontra na estranha posição de fugitivo – de Voldemort e do Ministério da Magia, tomado pelo bruxo das trevas e seus Comensais da Morte. Mais do que sombrio ou tenso, diria que Harry Potter 7.1 é um filme tenso e triste. Os atores quase nunca sorriem e suas fugas quase-mal-sucedidas causam nervosismo.

 Mas é também um filme que trata do encontro à vida adulta. As cenas nas quais eles se despedem do conforto da vida que levavam enquanto estudavam em Hogwarts são belas e carregadas de melancolia. Ver as cenas de Hermione apagando a memória dos pais enquanto seu rosto some das fotografias, e de Harry olhando para o minúsculo armário no qual dormiu por onze anos são tocantes. O que realmente parece surpreender (apesar de não ser nenhuma novidade) é o elenco que dele faz parte.

 E, pela primeira vez em todos estes anos, o mérito é todo do jovem elenco, principalmente de Rupert Grint e Emma Watson, que encenam Rony e Hermione com muita segurança e carga dramática. Muitas das cenas mais emocionantes, inclusive, são protagonizadas por eles. A cena em que Rony vai embora do acampamento é forte e Grint parece ter encontrado o ponto exato para tornar a cena comovente. Em outra cena, agoniante como a passagem no livro -  a tortura de Hermione pelas mãos de Belatriz Lestrange -, Watson faz um trabalho memorável rivalizando de igual para igual com a veterana Helena Bonham Carter.

 A maioria dos outros personagens têm aparições tão curtas que reforçam a ideia do elenco de suporte do filme tão grandioso que só tem a acrescentar. Assim, Ralph Fiennes, Jason Isaacs, Bill Nighy, Jonh Hurt e Rhys Ifans que têm papeis relativamente maiores, dão o já costumeiro brilho aos personagens que interpretam tão bem. Andy Linden como o bicheiro Mundungo Fletcher se saiu muito bem e até mesmo os atores que fizeram Harry, Ron e Hermione no Ministério da Magia imitaram com fidelidade as atuações dos três jovens atores.

 Os artefatos mostrados neste filme também são interessantes de observar: a mágica bolsinha de contas de Hermione, e até mesmo Monstro e Dobby aparecem mais bem feitos do que nos filmes anteriores. Por isso, a cena protagonizada pelo elfo é certamente a mais comovente. Algumas cenas são marcantes, como o divertido momento em que Radcliffe interpreta diferentes versões de si mesmo através da poção polissuco, a perseguição no Ministério e estrunchamento de Rony, tudo tratado com muita naturalidade, o que confere ainda mais verossimilhança e realismo ao mundo descrito.

 O roteiro de Kloves é fiel ao extremo, quase transcrevendo diálogos e transpondo para a tela detalhes que só mesmo os fãs dos livros notarão. Algumas pequenas passagens me impressionaram mais, e tornaram o longa muito mais belo aos meus olhos. David Yates e Kloves poderiam ter colocado mensagens subliminares em alguns destes momentos com os dizeres “aos fãs, com carinho”: quando Remo e Tonks quase anunciam a gravidez; Ron e Hermione dormindo de mãos quase dadas, como se tivessem se soltado durante a noite; a menina fazendo carinho no cabelo de Harry depois que eles decidiram ir a Godric’s Hollow; ou, o mais impressionante de tudo, o fato de os Comensais aparecerem instantaneamente quando Xenofílio Lovegood fala o nome de Você-Sabe-Quem. Tudo isso tirado do livro, sem mais nem menos.

 Um dos momentos mais belos, talvez, seja a cena em que Harry e Hermione dançam juntos ternamente como dois irmãos, mostrando a doçura do relacionamento que desenvolveram apesar de suas frustradas tentativas; adolescentes perdidos no ermo em uma missão desesperada. A poética fábula animada dos três irmãos e as relíquias da morte é, além de lúdica e necessária para justificar o título do livro/filme, de um bom gosto imenso, comprovando o acerto de Stuart Craig em toda a produção visual do filme.

 A decisão de dividir o filme em duas partes, ao contrário do que a maioria dos críticos têm dito, foi  (ao meu ver) concebida como uma homenagem aos fãs que acompanharam Harry durante dez longos anos. Kloves fez questão de inserir na narrativa os fatos principais de cada capítulo, fazendo uma ou outra mudança necessária – a perspectiva de outros personagens além da de Harry, por exemplo, são extremamente necessárias para o filme funcionar como um todo, além de algumas explicações não tão necessárias, mas bem pontuadas.

 Talvez Yates não tenha introduzido nenhuma marca sua. Talvez isso seja ruim para o cinema, mas certamente era o desfecho que os fãs mereciam e esperavam. Ver o capítulo final tomando forma é triste e não havia melhor maneira de presentear o público do que com essa imensa riqueza de detalhes.

NOTA: 10

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